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quinta-feira, 13 de maio de 2010

HOMILIA DO PAPA EM FÁTIMA



Bento XVI pernoitou na Casa de Nossa Senhora do Carmo, em Fátima. Às 09h54 entrava na Capelinha das Aparições, onde no ano de 2000 na sua segunda visita pastoral a Fátima, João Paulo II ofereceu a Nossa Senhora de Fátima uma das balas com que foi ferido num atentado em que segundo relatou "sentiu a mão de Nossa Senhora a desviar a bala" salvando-lhe a vida.

No Santuário de Fátima Bento XVI preside às celebrações litúrgicas do 13 de Maio perante uma multidão de mais de 500 mil crentes vindos de todos os cantos do mundo para celebrarem a Santa da sua devoção que enchem por completo a esplanada do Santuário de Fátima.
No recinto encontram-se altas individualidades de que se destacam o Presidente da República, Cavaco Silva, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e o antigo presidente da Assembleia da Republica, Mota Amaral.
Na celebração da missa Bento XVI será coadjuvado por 1442, 77 Bispos e quatro cardeais de várias nacionalidades.
Bento XVI reza pela humanidade "acabrunhada por misérias e sofrimentos""Vim a Fátima porque hoje converge para aqui a Igreja peregrina, querida pelo seu Filho como instrumento de evangelização e sacramento de salvação. Vim a Fátima para rezar, com Maria e tantos peregrinos, pela nossa humanidade acabrunhada por misérias e sofrimentos", disse o pontífice na homilia da principal eucaristia da peregrinação.
"Com os mesmos sentimentos dos beatos Francisco e Jacinta e da serva de Deus Lúcia, vim a Fátima para confiar a Nossa Senhora a confissão íntima de que 'amo', de que os sacerdotes 'amam' Jesus e n'Ele desejam manter fixos os olhos ao terminar este Ano Sacerdotal", acrescentou.

Bento XVI enfatizou ainda estar na Cova da Iria "para confiar à protecção materna de Maria os sacerdotes, os consagrados e consagradas, os missionários e todos os obreiros do bem que tornam acolhedora e benfazeja a Casa de Deus".

"Em Deus, estreito ao coração de todos os seus filhos e filhas, especialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fátima, se faz encontrar mais sensivelmente", sublinhou Bento XVI.

Recordando os acontecimentos vividos por Francisco, Jacinta e Lúcia em 1917, admitindo que, perante os seus "inocentes e profundos desabafos místicos" poderia "alguém olhar para eles com um pouco de inveja por terem visto ou com a desiludida resignação de quem não teve essa sorte mas insiste em ver".

"A tais pessoas, o papa diz como Jesus: 'Não andareis vós enganadas, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?' As Escrituras convidam-nos a crer: 'Felizes os que acreditam sem terem visto'", disse Bento XVI.

O líder da Igreja Católica alertou que, "para isso exige-se uma vigilância interior do coração que, na maior parte do tempo, não possuímos por causa da forte pressão das realidades externas e das imagens e preocupações que enchem a alma".

"A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude" e "indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida, pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo", disse o pontífice.

Voltando a evocar o exemplo das três crianças protagonistas dos acontecimentos de 1917 na Cova da Iria, Bento XVI realçou que o "exemplo e estímulo são os pastorinhos, que fizeram da sua vida uma doação a Deus e uma partilha com os outros por amor de Deus".

"Nossa Senhora ajudou-os a abrir o coração à universalidade do amor. De modo particular, a beata Jacinta mostrava-se incansável na partilha com os pobres e no sacrifício pela conversão dos pecadores. Só com este amor de fraternidade e partilha construiremos a civilização do Amor e da Paz", disse o papa.
Nesta homilia onde pontuaram peregrinos de várias proveniências, Bento XVI contrariou aquilo que muitos esperavam e não abordou os processos de beatificação de Lúcia, de canonização de Francisco e Jacinta Marto ou da beatificação de João Paulo II - o "papa de Fátima", como é conhecido.
Encontros à tarde com Pastoral Social e com BisposO programa do dia de hoje não se resume a estas cerimónias no Santuário. À tarde, pelas 17h00, está previsto um encontro com as Organizações da Pastoral Social, na Igreja da Santísima Trindade, onde Bento XVI terá a oportunidade de se dirigir aos participantes.
Mais tarde, pelas 18h45, Bento XVI participa num encontro com os Bispos portugueses no Salão da Casa de Nossa Senhora do Carmo, onde se dirigirá à casta dirigente da Igreja portuguesa. Poderá abordar os principais temas que afligem a Igreja no presente, sendo possível que se refira ao problema da pedofilia que nos últimos tempos desencadeou um escândalo que envolve a Igreja de Roma.

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